sábado, 25 de setembro de 2010

um dia,

Um dia você vai estar sozinho, vai fechar os olhos e tudo estará negro.
Os números da sua agenda passarão claramente na sua frente e você não terá nem um para discar. Sua boca vai tentar chamar alguém, mas não terá ninguém solidário o bastante para sair correndo e te dar uma braço, nem te colocar no colo ou acariciar seus cabelos até que o mundo pare de girar. Nessa fração de segundo, quando seus pés se perderem do chão, virão súbtas memórias gostosas dos meus abraços e beijos, da minha preocupação com você e só vão ter algumas musicas repetindo só seu radio: as nossas. Em um novo momento você vai sentir um aperto no peito, uma pausa na respiração e vai torcer bem forte para o nosso mundinho delicioso de novo, o nome disso é saudade, aquilo que eu tinha tanto e te falava sempre. E quando você finalmente discar o meu numero, ele estará ocupado demais, ou nem será mais o mesmo, ou ate mesmo eu nem queira mais te atender. E se você bater na minha porta ela estará muito bem traçada, se aberta mostrara uma casa vazia. Seus olhos te ensinarão o que é lágrimas, aquelas que eu te disse que ardiam tanto. O nome do enjôo que você vai sentir é arrependimento, e a falta de fome que virá chama-se tristeza. Estão quando os dias passarem e eu não te ligar, quando nada de bom acontecer e ninguém te olhar com os olhos encantados... Você encontrará a famosa solidão. A partir daí o que acontecerá, chama-se surpresa. E provavelmente o remédio para todas essas sensações acima; É o tal tempo em que você tanto falava.

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